30/06/2025

ChatGPT: O saber mora em nós

O saber mora em nós, by ChatGPT

Em tempo de fim de ano letivo, uma pequena brincadeira preparada pelo nosso colega Joaquim Fernandes

Chegámos ao fim de mais uma jornada,
Com saber e afeto em cada passada.
Na NOVA ATENA, voltámos a sonhar,
Aprender, sorrir e até recomeçar.

Entre livros, versos e melodias,
Enchemos de luz os nossos dias.
As salas foram lares de paixão,

Onde o tempo se mediu pelo coração.

Histórias partilhadas com emoção,
Cada aula, um novo coração.
Velhos mitos, novas ideias,
Amizades nascidas em mansas marés.

Agora é tempo de celebrar,
De respirar fundo e relembrar:
Que o saber não tem idade nem fim,
E a vontade de aprender mora sempre em mim.

Voltaremos com novo calor,
Com sede de mais, com ainda mais amor.
Até breve, NOVA ATENA querida,
És chama que ilumina a nossa vida.

Vasco Patrício: TANGO

TANGO

Elevam-se mãos
Afagam-se dedos
aconchegam-se corpos
no silencio do movimento

Esvoaça negra ave
Cerra os olhos
E embico de pés, plana

Enlaça-te vá! Aprisiona-te
E em rodopios voa
Gracioso pássaro

Entrelaçados membros
Não te tolhem os movimentos
Desnudam-te

Oscila vá! Contorce-te
E em maravilhadas elipses
Poemas na pista esculpe

Tua dança
Pelo salão galopa
Teu cabelo crinas ao vento

Médium-na-te negra ave, vá!
Incorpora frações da passada
E na leveza esfuma-te

Etereamente
Tua imagem captarei
E visões recuperarei
Ao voltar a este Chão

Vasco Patrício

Vasco Patrício: Pode fazer-se um poema com restos de outros poemas. Basta saber escolher

Pode fazer-se um poema com restos de outros poemas. Basta saber escolher

Pode fazer-se um poema com restos de outros poemas. Basta saber escolher. Poder pode, mas não é o
mesmo, e depois são tantos os poemas, como saber escolher?

Juvenal aposta num “Descalça vai para a fonte / Leonor pela verdura *”, mas até é um sortilégio pegar no Poema do nosso Poeta maior e acrescentar restos.

Instalado no divã cor de esperança à entrada do hotel, Juvenal entregava-se às incertezas dos seus devaneios literários e não só. Poema ou prosa?

Quando, num abrir e fechar de olhos a sua frente perfilava-se um poema. O acaso vinham ajudá-lo.
“Vai formosa e não segura *”

Ainda hoje, Juvenal vislumbra a silhueta da mulher em frente a porta envidraçada do hotel, e então o tempo pára como numa criança absorvida pela sua brincadeira.

“Leva na cabeça o pote/o texto nas mãos de prata/cinta de fina escarlate *”

O esbracejar dos lânguidos braços desnudados de Luana, volteavam pairando no ar, qual maestrina,
comandando a porta automática para que deslizasse sobre os caixilhos, mas esta não se abria. Abra-Canabrá, leu Juvenal as palavras dos lábios de Luana, mas a mágica da sua musa não funcionava, o acesso ao jardim do éden estava-lhe vedado.

“Sainho de chamalote/traz a vasquinha de cote/mais branca que a neve pura *”

Juvenal persegue o poema que não escolheu, desapega-se das palavras, desencontra-se perante a graciosidade do momento gravado no vácuo, pela imortalidade de um gesto, qual garça voando, fluindo no espaço.

“Vai formosa e não segura *”

Agora é ele que clama por um feitiço e brada aos quatros ventos: abra-te sésamo! e depois pronuncia
palavras inaudíveis, <<pudesse esse teu gesto, poema meu que vi, de mãos espalmadas de encontro a porta envidraçada do hotel, entreabrir outras portas enclausuradas, fechadas a sete chaves, a chave do coração>>.

“Descobre a touca a garganta/cabelos de ouro, o trançado/fita de cor encarnado/tão linda que o mundo
espanta *”

Sim! Eras tu, Poema meu, só tu, mãos que voam, dançam, e pareciam dizer adeus da porta de correr
envidraçada do hotel.

“Chove nela graça tanta/que dá graça a formosura/ vai formosa e não segura *”

* Luís Vaz de Camões

Vasco Patrício

Mitú Branco: Risos

Risos

O riso dos teus olhos
é como fruta madura
Sabe bem ao coração
É todo amor e ternura.
O riso naquela boca
é amargura, é tristeza.
Esconde tantos desejos
É desamor, é pobreza.
Aquele era o riso amigo
de quem nos quer muito bem,
pra quem somos tudo no mundo.
Que saudades minha Mãe !
O riso dos meus netos
é leve, alegre, com esperança.
É a pureza do Mundo
espelhada na criança.
Risos, risos
Há-os tantos
Aqui, ali, acolá.
Dá-me o braço
quero rir
aproveitar este dia
os risos que a vida nos dá

Mitú Branco

Maria Silveira: Nuvens

Nuvens

Olho os bonançosos céus
Multiformes nuvens
Bizarras, surpreendentes
Com seu vai e vem encantam
Brancas, alvas
No celestial leito azul
Em apaixonado beijo
Um monumental coração
Simulam,
À paz e amor convidam.

Claudica a bonança
As nuvens ao longe
Fundem-se
Em suspeitos cúmulos
Ao sabor do vento aproximam-se
O tempo desalinham
Um sol radioso encobrem
Desmaia o calor da natureza
Tempestade advinham
A paz e amor comprometem.

Conturbado e desnorteado mundo
Para as nuvens olhai
Ao esplendor da vossa pacificação regressai!

Maria Silveira

Maria de Lourdes Santos: Usufruindo a ornamentação

Usufruindo a ornamentação

Algumas sementes foram lançadas nalguns balões, num luminoso dia de Junho.

Alguns ficaram disponíveis e recetivos a outros sonhadores.

Cada balão irá expandir-se ou não, nós apenas seremos observadores sem metas temporais nem condicionantes.

O Universo é sábio, tem o seu tempo próprio e, se algum sonho não se materializar, apenas entender e aceitar que esse não era o melhor sonho para o seu sonhador!!

Os balões dourados preenchem e ornamentam o céu azul-celeste.

Desfruto em êxtase esta magnificência!

Porém, quando o sol for iluminar o hemisfério oposto, o teto azul-celeste, passará a escuro, onde o contraste com o dourado dos balões, então rodeados de estrelinhas, continuará belo e os sonhos continuarão a expandir-se ou não.

Ambos os planos são magníficos e necessários.

Esta pequena reflexão projeta-nos no sentido ascendente, contraria a tendência natural do mundo atual tão carregado e poluído pela força da gravidade excessivamente pesada, destrutiva, doentia.

Exercitar a subida ajuda-nos certamente na visão de novos paradigmas, onde os milagres existem em potencialidade.

Acreditar, torna-se urgente para que a Esperança nos salve.

Obrigada Nova Atena, pelos sonhos que operam nas nossas vidas através de ti que também nasceste de um sonho que se materializou através do esforço e empenho de quem acreditou na sua viabilidade.

Obrigada Nova Atena, pelo mar de oportunidades que veiculas para as nossas vidas.

Obrigada ao meu grupo da disciplina M.A.R. pela companhia de caminho partilhado em propósito de aprendizagem comum.

Obrigada aos balões que ornamentam os céus e nos ajudam a projetar a Fé.

Obrigada Nova Atena porque dás vida ao balão da FELICIDADE.

Desejo Excelentes férias, Excelentes sonhos para todos.

Maria de Lourdes Santos

Maria de Lourdes Santos: Ornamentando o céu

Ornamentando o céu

Desde criança que sinto o apelo da “Ornamentação/ Decoração”

Nasci e cresci com este atributo natural e felizmente marcante em diversos contextos ao longo da minha vida. As ideias surgiam e surgem inesperadamente, ganhando vida e forma na minha tela mental, tão reais quanto por vezes comprovo com a sua operacionalização.

Hoje, a minha partilha neste Projeto de Escrita da Nova Atena, que muito acarinho, e porque neste mês de Junho se encerra o ciclo de mais um ano letivo, prende-se com uma profunda e sentida homenagem de agradecimento. Agradeço as iniciativas e oportunidades que me são oferecidas quer pela via da escrita, quer pela via da partilha de conhecimento, em especial com o meu grupo de caminho.

Adoro a disciplina M.A.R onde em conjunto, criamos, visualizamos, voamos, partilhamos o que de melhor temos para nos oferecer, evoluir em grupo e crescermos, respeitando a nossa individualidade e contributo. Estes meios que os Novos Tempos oferecem à humanidade são de uma riqueza ímpar, um refúgio de nutrição, quer nos momentos de felicidade e gratidão, quer nos momentos menos agradáveis, mas onde o porto seguro das convicções nos fortifica, une e se torna porto de abrigo incondicional.

O meu agradecimento muito especial ao meu Grupo de Caminho e Partilha.

O meu agradecimento muito especial à Nova Atena pela abertura a este espaço tão valioso para a construção e entendimento das nossas vidas e visão do mundo que nos cerca.

Hoje, a tela para a criatividade é especial: enquanto observava o céu, na sua imaculada tonalidade azul, surgiu-me naturalmente a vontade de o ornamentar. A tela resultante da minha imaginação, tornou-se rapidamente inspiradora neste radioso dia de Junho.

Suspendi balões dourados neste céu azul-celeste que se tornou gigantescamente imponente, grandioso, cromaticamente perfeito, magnífico e encantador. BELO e LINDÍSSIMO.

Ficará poderoso quando o processo imaginativo estiver concluído!.........

Cada balão será um reservatório onde me permito colocar sonhos e suaves melodias de embalar...

E instantaneamente ouço a música que desce à terra e suaviza o ruido outrora existente, ensurdecedor e cansativo. E os sonhos de sonho são amorosamente embrulhados no desejo ardente que cresçam e tragam impacto positivo ao mundo. Todos precisamos de saúde, de paz, de abundância, de respeito pela vida, quer pessoal, quer coletiva, quer do Planeta. Precisamos amar, viver em harmonia, construir alegria.

Ainda há imensos balões disponíveis, todos estamos convidados a sonhar e, quanto maior for o número de sonhadores, maior será a energia do Amor, porque nestes balões apenas cresce o bem para o Todo.

Poderemos então afirmar que “o sonho comanda a vida”!

Maria de Lourdes Santos