A frescura da manhã
Quentes vão os dias e noites
desta primavera que já parece verão
quem sabe quando acaba, talvez outono,
será inverno? É quando vier a solidão.
Nestes tempos secos e sufocantes
nos incêndios que agora já se adivinham
fecho os olhos, penso em chuva miudinha
das tardes escuras, com pedras que brilham.
Não há nada como o fresco da manhã
pouco antes do sol nos vir saudar
o céu tem todos os tons do arco-íris
pena ser por pouco tempo, até tudo mudar.
Neste tempo entre duas estações
não sabemos vestirmos algodão ou lãs
se o dia vai nascer já bem quente
ou se perdura a frescura das manhãs.
Faustino Vital
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