30/06/2025

Fernando Baptista: Espera da palavra

Espera da palavra

De cachos dourados bateu-me à janela
provocando inveja à beldade mais bela.
Soltou gargalhadas no azul infinito
esperei sua vinda sem guerra ou atrito
Sem busca ansiosa, sem luta ou procela
defronte da palavra de arroz e canela.
De bruços na mesa de negro granito
e os tortos rabiscos do meu manuscrito
Então tarde dentro, a palavra de mansinho
trouxe amor, ternura, alegria e carinho
sem mudas de palavras que estão no papel
Quase sempre vem e traz-me elevação
eu, em quentes abraços e beijos na mão
pinto-lhe o terno rosto nos tons de pastel

Fernando Baptista

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